Sobre Deus Pai
Cremos que Deus é um ser espiritual e auto-existente (Dt 4.15; 1 Tm 1.17; Jo 4.24; Jo 5.26), único em sua essência (Dt 4.6), subsistente e coexistente na forma de três pessoas da trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) que se habitam mutuamente e formam um único ser (Jo 14.10, 20; Jo 17.11,21-23); distintas em subsistência, porém iguais em substâncias e que se relacionam entre si ( Gn 1.26; Is 48.13-16; 2 Co 13.13). Cremos que Deus é independente de qualquer coisa, criatura ou criação (At 17.24,25), porém com ela – criação – busca se relacionar, o que o torna assim um Deus pessoal (Jo 3.16; Gn 6.6; Ef 1.8,9), dotado de atributos naturais a Ele como: Vida, eternidade, imutabilidade, onisciência, onipotência, onipresença e soberania (Jr 10.10; Jo 5.26; Sl 90.2; Ap 1.8; Tg 1.17; Ml 3.6; Sl 102.27; Hb 6.17; Mt 11.21; Rm 11.33; Gn 18.14; Mt 19.26; Tt 1.2; Sl 139.7-12; Ef 1.11). Cremos que Deus pode se relacionar e, assim, possui atributos pessoais relacionados ao seu caráter que são: santidade (1 Pe 1.15,16), justiça (Sl 11. 4-7), retidão (Sl 25.8), amor (Jo 3.16; 1 Jo 4.16), misericórdia e graça (Lm 3.22,23; Ef 2.8).
Sobre Jesus Cristo
Cremos que Jesus Cristo é Deus, verdade de Deus e Deus verdadeiro, co-eterno com o Pai, Filho único de Deus (Mt 3.16,17; Mc 1.1; Lc 1.35; Jo 1.34; Jo 3.16), concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.29; Lc 1.35) através de um nascimento virginal (Mt 1.18-23) sendo, portanto, possuidor de duas naturezas distintas (humana e divina) em sua pessoa única (Gl 4.4; Lc 2.40,52; Lc 23.46; Jo 12.27; Mc 13.32; Cl 2.9; 1 Jo 5.20; Rm 9.5). Cremos na necessidade da encarnação (Jo 1.14), morte (Lc 23.46) e ressurreição d’Ele (1 Co 15.4,20-23), como único meio de salvação e reconciliação do homem pecador (Jo 3.16-18; 1 Co 15.3,4) que é imerecedor da salvação, mas a recebe pela graça e perdão de Jesus (Ef 2.8,9; Rm 3.24), sendo então Jesus o mediador entre homem e Deus. Cremos também que Jesus não podia pecar e não o fez em hipótese alguma mesmo tendo em tudo sido tentado, como homem semelhante a nós. (Is 53.9; Jo 8.12; 1 Jo 3.3,5; Hb 4.15, 1 Pe 3.18; Mt 4.1). Por certo tempo, Cristo abriu mão voluntariamente de sua glória celestial (Fp 2.5-8). Cremos que Cristo está assentado à destra do Pai (Cl 3.1), nos advogando (1 Jo 2.1), e de lá virá para buscar os seus (Mt 26.64) e julgar o mundo com justiça (At 17.31).
Sobre o Espírito Santo
Cremos que o Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade, sendo portanto Deus, possuindo a mesma essência do Pai e do Filho (1 Co 6.11; At 16.7; 2 Co 13.13) e os mesmos atributos de Deus (At 5.3,4; Sl 138.7-10; Lc 1.35; Jó 33.4) como vontade (1 Co 12.11; At 16.6-11) e inteligência (1 Co 2.10,11; Rm 8.27). Cremos que Ele foi agente da criação do universo (Gn 1.2, 26) e o responsável pela inspiração e revelação das Escrituras Sagradas aos autores humanos (2 Pe 1.19-21). Cremos que Ele atua na consciência do homem e no seu novo nascimento em Cristo (1 Co 12.13), e que atua também como Consolador e Intercessor dos cristãos (Jo 14.16,30; Rm 8.26), glorificando a Deus (Jo 16.14) e convencendo o mundo do pecado, da justiça e do juízo com o testemunho da verdade (Jo 16.7-11). Cremos que Ele atua ensinando, testificando, guiando, agindo, ordenando, realizando milagres, perscrutando, designando e/ou escolhendo e falando. (Nm 9.20; Rm 8.16; Rm 8.14; Gn 1.2; At 8.29; At 8.39; 1 Co 2.10; At 13.2-4; At 1.16). Cremos também que Ele atua na vida do cristão regenerando, batizando e habitando nele (Jo 3.3-6; 1 Co 12.12,13; 1 Co 6.15-19). O Cristão pode também se encher do Espírito, bem como apresentar seu fruto e d’Ele receber dons espirituais para o serviço no corpo de Cristo (Ef 5.18-20; Gl 5.22,23; 1 Co 12.11).
Sobre o Homem
Cremos que o homem foi criado por Deus a sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27), ou seja, com qualidades pessoais e um senso moral, o que o difere do resto da criação. Também possuí não só um corpo material, mas também lhe foi dado uma alma (Gn 2.7; Sl 139.14), sendo formado por uma parte material e outra imaterial (Rm 8.10; 1 Co 5.5; Cl 2.5). Dentro das qualidades pessoais inerentes ao homem está o intelecto, o que o capacita a pensar, falar e tomar decisões (Gn 2.19,20). O homem foi criado santo e sem pecado (Ec 7.29), mas por meio do pecado de Adão (Gn 3.1-17), o pai da humanidade, foi-nos imputada uma natureza pecaminosa e totalmente depravada (Rm 5.12,21), a qual traz a todo homem a tendência ao pecado, sendo cada um culpado dos seus (Rm 3.23), estando debaixo da justa condenação de Deus (Rm 6.23), incapazes de buscarem a Ele (Rm 3.1,18), porém d’Ele totalmente carentes (Rm 3.23) e sujeitos à morte física e espiritual (Rm 6.23; Tg 1.15).
Sobre o Pecado
Cremos que por intermédio da desobediência de Adão a uma ordem de Deus o pecado, isto é, tudo o que o ser humano faz que não glorifica a Deus, passou a fazer parte da própria natureza humana (Gn 2.15-17; Rm 5.12; Rm 3.9,10,23; Rm 1.18-23), ou seja, todo e qualquer ser humano possuí uma natureza pecaminosa e totalmente depravada inata a si mesmo que o leva a pecar e, consequentemente, a obter a culpa inerente a ele (Rm 5.1,12,17; Rm 7.15-24). Sendo assim, o único destino do homem passou a ser a morte, tanto física quanto espiritual e, portanto, destituídos da glória de Deus e condenados a uma morte eterna (Gn 3,19; Rm 6.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 3.36; Is 59.2; Rm 3.23; 2 Ts 1.9; Ap 20.11-15). Cremos que com esta queda espiritual, moral e física, toda criação foi afetada e encontra-se inclinada totalmente para o exercício e sofrimento do mal (Rm 3.9,10,23). O pecado afetou o homem nos seguintes níveis de relacionamento: com Deus (Gn 3.8-11), consigo mesmo (Gn 3.3,4,16,19), com seu semelhante (Gn 3.12,16,17), com a natureza (Gn 3.17-19).
Sobre a Salvação
Cremos que Deus, no seu infinito amor e graça para conosco providenciou para o homem o meio da salvação de seus pecados e da condenação eterna, enviando seu único Filho Jesus Cristo como herdeiro sem pecado, como holocausto pelo pecado (Rm 5.8; Ef 2.9,9; Jo 3.16; Hb 4.15, 1 Co 5.17) para morrer no lugar e em favor do pecador (1 Pe 2.24; 3.28). Ele sofreu, portanto, com as consequências do pecado (Gl 3.13), para satisfazer as exigências justas de Deus (Rm 5.9), e assim reconciliar com Ele o homem (Rm 5.10,11), tornando-o filho de Deus (Jo 1.12) e concedendo a salvação eterna (Jo 13.1; 10.28-30; Ef 4.30). Cremos que Jesus Cristo morreu para a salvação do homem, propiciando a santa ira de Deus e reconciliando-o com o mundo (Rm 5.9; 2 Co 5.19). Cremos que o exercício da fé realiza-se somente através do indivíduo eleito pelo Salvador (Fp 1.29; Hb 12.2; Rm 8.27-30). Assim, por causa da graça, pela fé, o homem é remido, justificado, reconciliado com Deus e herdeiro de vida eterna, não podendo jamais perder estas condições (Mt 20.28; Rm 5.1, 10, 11; Jo 13.1. Rm 8.28-39).
Sobre os Anjos
Cremos na existência do mundo sobrenatural composto por anjos, sendo estes naturalmente seres espirituais, criados por Deus, pessoais, que não podem se casar, imortais, poderosos, numerosos e dispostos hierarquicamente. (Hb 1.14; Lc 2.8-14; Sl 104.4; Ef 1.21; 1 Pe 3.22; 2 Sm 14.17,20; Mt 22.30; Lc 20.36; Sl 103.20; Ap 5.11; Cl 1.16; Is 6.2,6; Dn 12.1). Estes também possuem intelecto, emoções, vontade (1 Pe 1.12; Lc 2.13; Jd 6) sendo todos criados moralmente santos (Jó 2.3; Ez 28.12-17). Muitos, porém, se rebelaram contra Deus, tornando-se definitivamente maus (2 Pe 2.4; Jd 6; 1 Co 6.3). Os que não se rebelaram permaneceram como criador, consequentemente, são definitivamente bons (Sl 103.20; Mt 25.31). Cremos também na existência real de Satanás, como um anjo criado por Deus sem mal algum, que possuía posição elevada, mas que encheu-se de soberba e egoísmo, sendo tirado da posição de destaque por Deus e originando –não criando – o pecado (Ez 28.12-19; Is 14.12-15). Satanás não é onisciente, onipresente e onipotente (Jó 1.7-11; 2 Co 2.11), nem auto-existente (Ex 28.15), mas tem poder, é astuto, enganoso, príncipe deste mundo, deus deste século e será expulso dos lugares celestiais, aprisionado no abismo, solto no fim do milênio para então ser lançado no lago de fogo (2 Ts 2.9; 2 Co 2.11; 11.14; Jo 14.30; 2 Co 4.4; Ap 12.9; 20.1-10).
Sobre a Igreja
Cremos que a igreja teve o seu início no dia de Pentecostes e é o Corpo e Noiva de Cristo (Ef 5.10; 4.15,16). Seus participantes são os filhos de Deus (1 Co 12.12,13), ou seja todos os que creram e confessaram que Jesus é o único Senhor e Salvador de sua vida (Jo 14.6; 1 Jo 4.15). Cremos que a igreja tem como propósito glorificar a Deus (ef 1.6,12,14) edificando o corpo, levando o evangelho da salvação aos perdidos (Ef 4.11-13; 3.10,11; Mt 28.18-20; 1 Pe 2.9). Cremos que a igreja deve ter como prática a adoração, o ensino, a comunhão, piedade e missões (At 2.42-47), e que deve estar sob uma liderança humana, qualificada e instituída por Deus (1 Tm 3; Tt 1.5-9). Cremos que Cristo é o cabeça e sustentador deste corpo (1 Co 12.12,13; Ef 5.23), instituiu o batismo e a ceia do Senhor para serem executadas pela igreja (Mt 28.19,20; At 8.36-39; 1 Co 11.23-26) enquanto aguardamos a Sua volta, momento em que a Igreja será arrebatada (2 Ts 2; Ap 3.10,11; 1 Ts 1.10).
Sobre o Fim dos Tempos
Cremos que um dia Jesus voltará de forma pessoal, visível, física e iminentemente (Is 40.10; Lc 12.40; 1 Ts 5.6). Após sua volta, terão inícios os novos céus e a nova terra, da qual farão parte todos os salvos, tanto os que estiverem vivos como também os já mortos, que ressuscitarão (Lc 14.14; Jo 5.28,29 Ap 20.4; Dn 12.2; 1 Co 15.51-57). Este será um período eterno de paz, glória, justiça, prosperidade e equidade (Is 11.2-5). Os que não foram salvos por Cristo são condenados a uma eterna separação de Deus no lago de fogo (Ap 20.7-15).