Sobre a Palavra de Deus

Cremos que a Bíblia é a única regra de fé e prática (Tt 2.1; Hb 4.12), pois é revelação de Deus e por isso estão revestidas de autoridade proveniente d’Ele (2 Sm 23.2; 1 Co 14.37; 1 Ts 4.2; Ap 22.6). Cremos que Deus se revelou de maneira variada (Hb 1.1-3) e de maneira progressiva, chegando ao ápice na pessoa de Cristo (Hb 1.1-3; Cl 2.9), o que nos revela que ela está fechada à história da redenção, pessoa de Cristo e registro dos apóstolos. Cremos que a inspiração é o processo pelo qual Deus assegurou um registro inerrante (Jo 1.17), infalível, através da supervisão do Espírito Santo sobre autores humanos, no momento em que, de plena posse de suas faculdades (1 Co 1.14-16; 1 Co 2.10,13; 2 Pe 1.19-21), registravam a Sua revelação, nas palavras dos escritos originais tanto do Antigo quanto do Novo Testamento (1 Tm 5.18; 2 Tm 3.16). Cremos também que as Escrituras Sagradas são inspiradas verbal e plenariamente nos seus manuscritos originais (2 Tm 3.16; Mt 5.17, 18).

Sobre Deus Pai

Cremos que Deus é um ser espiritual e auto-existente (Dt 4.15; 1 Tm 1.17; Jo 4.24; Jo 5.26), único em sua essência (Dt 4.6), subsistente e coexistente na forma de três pessoas da trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) que se habitam mutuamente e formam um único ser (Jo 14.10, 20; Jo 17.11,21-23); distintas em subsistência, porém iguais em substâncias e que se relacionam entre si ( Gn 1.26; Is 48.13-16; 2 Co 13.13). Cremos que Deus é independente de qualquer coisa, criatura ou criação (At 17.24,25), porém com ela – criação – busca se relacionar, o que o torna assim um Deus pessoal (Jo 3.16; Gn 6.6; Ef 1.8,9), dotado de atributos naturais a Ele como: Vida, eternidade, imutabilidade, onisciência, onipotência, onipresença e soberania (Jr 10.10; Jo 5.26; Sl 90.2; Ap 1.8; Tg 1.17; Ml 3.6; Sl 102.27; Hb 6.17; Mt 11.21; Rm 11.33; Gn 18.14; Mt 19.26; Tt 1.2; Sl 139.7-12; Ef 1.11). Cremos que Deus pode se relacionar e, assim, possui atributos pessoais relacionados ao seu caráter que são: santidade (1 Pe 1.15,16), justiça (Sl 11. 4-7), retidão (Sl 25.8), amor (Jo 3.16; 1 Jo 4.16), misericórdia e graça (Lm 3.22,23; Ef 2.8).

Sobre Jesus Cristo

Cremos que Jesus Cristo é Deus, verdade de Deus e Deus verdadeiro, co-eterno com o Pai, Filho único de Deus (Mt 3.16,17; Mc 1.1; Lc 1.35; Jo 1.34; Jo 3.16), concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.29; Lc 1.35) através de um nascimento virginal (Mt 1.18-23) sendo, portanto, possuidor de duas naturezas distintas (humana e divina) em sua pessoa única (Gl 4.4; Lc 2.40,52; Lc 23.46; Jo 12.27; Mc 13.32; Cl 2.9; 1 Jo 5.20; Rm 9.5). Cremos na necessidade da encarnação (Jo 1.14), morte (Lc 23.46) e ressurreição d’Ele (1 Co 15.4,20-23), como único meio de salvação e reconciliação do homem pecador (Jo 3.16-18; 1 Co 15.3,4) que é imerecedor da salvação, mas a recebe pela graça e perdão de Jesus (Ef 2.8,9; Rm 3.24), sendo então Jesus o mediador entre homem e Deus. Cremos também que Jesus não podia pecar e não o fez em hipótese alguma mesmo tendo em tudo sido tentado, como homem semelhante a nós. (Is 53.9; Jo 8.12; 1 Jo 3.3,5; Hb 4.15, 1 Pe 3.18; Mt 4.1). Por certo tempo, Cristo abriu mão voluntariamente de sua glória celestial (Fp 2.5-8). Cremos que Cristo está assentado à destra do Pai (Cl 3.1), nos advogando (1 Jo 2.1), e de lá virá para buscar os seus (Mt 26.64) e julgar o mundo com justiça (At 17.31).

Sobre o Espírito Santo

Cremos que o Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade, sendo portanto Deus, possuindo a mesma essência do Pai e do Filho (1 Co 6.11; At 16.7; 2 Co 13.13) e os mesmos atributos de Deus (At 5.3,4; Sl 138.7-10; Lc 1.35; Jó 33.4) como vontade (1 Co 12.11; At 16.6-11) e inteligência (1 Co 2.10,11; Rm 8.27). Cremos que Ele foi agente da criação do universo (Gn 1.2, 26) e o responsável pela inspiração e revelação das Escrituras Sagradas aos autores humanos (2 Pe 1.19-21). Cremos que Ele atua na consciência do homem e no seu novo nascimento em Cristo (1 Co 12.13), e que atua também como Consolador e Intercessor dos cristãos (Jo 14.16,30; Rm 8.26), glorificando a Deus (Jo 16.14) e convencendo o mundo do pecado, da justiça e do juízo com o testemunho da verdade (Jo 16.7-11). Cremos que Ele atua ensinando, testificando, guiando, agindo, ordenando, realizando milagres, perscrutando, designando e/ou escolhendo e falando. (Nm 9.20; Rm 8.16; Rm 8.14; Gn 1.2; At 8.29; At 8.39; 1 Co 2.10; At 13.2-4; At 1.16). Cremos também que Ele atua na vida do cristão regenerando, batizando e habitando nele (Jo 3.3-6; 1 Co 12.12,13; 1 Co 6.15-19). O Cristão pode também se encher do Espírito, bem como apresentar seu fruto e d’Ele receber dons espirituais para o serviço no corpo de Cristo (Ef 5.18-20; Gl 5.22,23; 1 Co 12.11).

Sobre o Homem

Cremos que o homem foi criado por Deus a sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27), ou seja, com qualidades pessoais e um senso moral, o que o difere do resto da criação. Também possuí não só um corpo material, mas também lhe foi dado uma alma (Gn 2.7; Sl 139.14), sendo formado por uma parte material e outra imaterial (Rm 8.10; 1 Co 5.5; Cl 2.5). Dentro das qualidades pessoais inerentes ao homem está o intelecto, o que o capacita a pensar, falar e tomar decisões (Gn 2.19,20). O homem foi criado santo e sem pecado (Ec 7.29), mas por meio do pecado de Adão (Gn 3.1-17), o pai da humanidade, foi-nos imputada uma natureza pecaminosa e totalmente depravada (Rm 5.12,21), a qual traz a todo homem a tendência ao pecado, sendo cada um culpado dos seus (Rm 3.23), estando debaixo da justa condenação de Deus (Rm 6.23), incapazes de buscarem a Ele (Rm 3.1,18), porém d’Ele totalmente carentes (Rm 3.23) e sujeitos à morte física e espiritual (Rm 6.23; Tg 1.15).

Sobre o Pecado

Cremos que por intermédio da desobediência de Adão a uma ordem de Deus o pecado, isto é, tudo o que o ser humano faz que não glorifica a Deus, passou a fazer parte da própria natureza humana (Gn 2.15-17; Rm 5.12; Rm 3.9,10,23; Rm 1.18-23), ou seja, todo e qualquer ser humano possuí uma natureza pecaminosa e totalmente depravada inata a si mesmo que o leva a pecar e, consequentemente, a obter a culpa inerente a ele (Rm 5.1,12,17; Rm 7.15-24). Sendo assim, o único destino do homem passou a ser a morte, tanto física quanto espiritual e, portanto, destituídos da glória de Deus e condenados a uma morte eterna (Gn 3,19; Rm 6.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 3.36; Is 59.2; Rm 3.23; 2 Ts 1.9; Ap 20.11-15). Cremos que com esta queda espiritual, moral e física, toda criação foi afetada e encontra-se inclinada totalmente para o exercício e sofrimento do mal (Rm 3.9,10,23). O pecado afetou o homem nos seguintes níveis de relacionamento: com Deus (Gn 3.8-11), consigo mesmo (Gn 3.3,4,16,19), com seu semelhante (Gn 3.12,16,17), com a natureza (Gn 3.17-19).

Sobre a Salvação

Cremos que Deus, no seu infinito amor e graça para conosco providenciou para o homem o meio da salvação de seus pecados e da condenação eterna, enviando seu único Filho Jesus Cristo como herdeiro sem pecado, como holocausto pelo pecado (Rm 5.8; Ef 2.9,9; Jo 3.16; Hb 4.15, 1 Co 5.17) para morrer no lugar e em favor do pecador (1 Pe 2.24; 3.28). Ele sofreu, portanto, com as consequências do pecado (Gl 3.13), para satisfazer as exigências justas de Deus (Rm 5.9), e assim reconciliar com Ele o homem (Rm 5.10,11), tornando-o filho de Deus (Jo 1.12) e concedendo a salvação eterna (Jo 13.1; 10.28-30; Ef 4.30). Cremos que Jesus Cristo morreu para a salvação do homem, propiciando a santa ira de Deus e reconciliando-o com o mundo (Rm 5.9; 2 Co 5.19). Cremos que o exercício da fé realiza-se somente através do indivíduo eleito pelo Salvador (Fp 1.29; Hb 12.2; Rm 8.27-30). Assim, por causa da graça, pela fé, o homem é remido, justificado, reconciliado com Deus e herdeiro de vida eterna, não podendo jamais perder estas condições (Mt 20.28; Rm 5.1, 10, 11; Jo 13.1. Rm 8.28-39).

Sobre os Anjos

Cremos na existência do mundo sobrenatural composto por anjos, sendo estes naturalmente seres espirituais, criados por Deus, pessoais, que não podem se casar, imortais, poderosos, numerosos e dispostos hierarquicamente. (Hb 1.14; Lc 2.8-14; Sl 104.4; Ef 1.21; 1 Pe 3.22; 2 Sm 14.17,20; Mt 22.30; Lc 20.36; Sl 103.20; Ap 5.11; Cl 1.16; Is 6.2,6; Dn 12.1). Estes também possuem intelecto, emoções, vontade (1 Pe 1.12; Lc 2.13; Jd 6) sendo todos criados moralmente santos (Jó 2.3; Ez 28.12-17). Muitos, porém, se rebelaram contra Deus, tornando-se definitivamente maus (2 Pe 2.4; Jd 6; 1 Co 6.3). Os que não se rebelaram permaneceram como criador, consequentemente, são definitivamente bons (Sl 103.20; Mt 25.31). Cremos também na existência real de Satanás, como um anjo criado por Deus sem mal algum, que possuía posição elevada, mas que encheu-se de soberba e egoísmo, sendo tirado da posição de destaque por Deus e originando –não criando – o pecado (Ez 28.12-19; Is 14.12-15). Satanás não é onisciente, onipresente e onipotente (Jó 1.7-11; 2 Co 2.11), nem auto-existente (Ex 28.15), mas tem poder, é astuto, enganoso, príncipe deste mundo, deus deste século e será expulso dos lugares celestiais, aprisionado no abismo, solto no fim do milênio para então ser lançado no lago de fogo (2 Ts 2.9; 2 Co 2.11; 11.14; Jo 14.30; 2 Co 4.4; Ap 12.9; 20.1-10).

Sobre a Igreja

Cremos que a igreja teve o seu início no dia de Pentecostes e é o Corpo e Noiva de Cristo (Ef 5.10; 4.15,16). Seus participantes são os filhos de Deus (1 Co 12.12,13), ou seja todos os que creram e confessaram que Jesus é o único Senhor e Salvador de sua vida (Jo 14.6; 1 Jo 4.15). Cremos que a igreja tem como propósito glorificar a Deus (ef 1.6,12,14) edificando o corpo, levando o evangelho da salvação aos perdidos (Ef 4.11-13; 3.10,11; Mt 28.18-20; 1 Pe 2.9). Cremos que a igreja deve ter como prática a adoração, o ensino, a comunhão, piedade e missões (At 2.42-47), e que deve estar sob uma liderança humana, qualificada e instituída por Deus (1 Tm 3; Tt 1.5-9). Cremos que Cristo é o cabeça e sustentador deste corpo (1 Co 12.12,13; Ef 5.23), instituiu o batismo e a ceia do Senhor para serem executadas pela igreja (Mt 28.19,20; At 8.36-39; 1 Co 11.23-26) enquanto aguardamos a Sua volta, momento em que a Igreja será arrebatada (2 Ts 2; Ap 3.10,11; 1 Ts 1.10).

Sobre o Fim dos Tempos

Cremos que um dia Jesus voltará de forma pessoal, visível, física e iminentemente (Is 40.10; Lc 12.40; 1 Ts 5.6). Após sua volta, terão inícios os novos céus e a nova terra, da qual farão parte todos os salvos, tanto os que estiverem vivos como também os já mortos, que ressuscitarão (Lc 14.14; Jo 5.28,29 Ap 20.4; Dn 12.2; 1 Co 15.51-57). Este será um período eterno de paz, glória, justiça, prosperidade e equidade (Is 11.2-5). Os que não foram salvos por Cristo são condenados a uma eterna separação de Deus no lago de fogo (Ap 20.7-15).